O tempo é o maior patrimônio do ser humano.Muitas vezes, a velocidade com que ocorrem as transformações na vida das pessoas faz com esse valor passe despercebido.

Edifícios como o SESC são uma oportunidade de relembrar essa noção elementar para o ser humano: aproveitar o tempo. O tempo do convívio, o tempo do lazer, o tempo para exercitar o corpo e o tempo para dar prazer à mente.

Um SESC é um lugar de encontro real. A prática esportiva, as atividades culturais, o lazer, são os catalizadores desse encontro. Mas é nos intervalos desses espaços programáticos que de fato o tempo ganha mais importância.

O projeto proposto entende os espaços de circulação e convivência como parte fundamental da experiência de usufruir um edifício. A ação de deslocar-se de um lugar ao outro tranforma-se na própria ideia de aproveitar a vida. Um passeio pelo edifício.

Os espaços de estar e convívio articulam uma praça interna em três níveis conectados por vazios. Cada um dos níveis reúne elementos chave do programa: biblioteca, salas de atividade cultural, restaurante, saguão. O espaço de convívio ocorre naturalmente ao longo desses níveis que servem também como patamares da circulação de público, conectando a Rua João Ciarrochi à Via Luís Varga/Av. Central. A circulação das pessoas, dos usuários do SESC, dos moradores vizinhos, dá vida ao espaço do edifício. A cidade participa do SESC.

A circulação proposta na cota mais alta do lote, paralela à Rua João Ciarrochi, é também concebida a partir das premissas expostas acima. É como uma varanda que se abre para o exterior, margeando um jardim. Essa circulação organiza dois elementos do programa de necessidades: Piscinas e Teatro do SESC, cada um deles posicionado em uma das extremidades dessa varanda. Um ao Norte e outro ao Sul.

Na porção ao Sul, entre o Teatro e a Área de Preservação, num trecho do edifício com funcionamento autônomo, temos: a odontologia, a administração, as áreas de apoio, e os complementos ao programa teatral.