Olhando o mapa de Curitiba percebemos que as marcas do tempo, provocadas entre outros aspectos por um urbanismo planejador, estão presentes na maior parte dos espaços da cidade.Desde meados do século passado, a cidade sofreu intervenções que a qualificaram como ambiente urbano dito modelo, não só no Brasil, mas também no mundo. Fruto de uma visão antecipadora, a cidade cresceu e se desenvolveu ao redor dos seus eixos estruturais, da concentração linear de infraestruturas e da concentração dinâmica da classe média.
Mas e a habitação de interesse social? Qual o lugar se reservou nessa visão de planejamento? Quais as políticas públicas de habitação social presentes nos planos?
Olhando atentamente os mapas de zoneamento das SEHIS/ ZEIS percebem-se diversas questões sem resposta, mas o que nos salta aos olhos é a segregação espacial-territorial da habitação social no tecido da cidade.
A maior parte dos programas públicos habitacionais se restringiu às bordas da cidade, especialmente na sua região sul, distantes do centro e dos eixos estruturadores de desenvolvimento. Muitos desses lugares situam-se junto das várzeas de rios como o Iguaçu e o Barigui, locais que nem sempre tem infraestrutura adequada para a moradia e o adensamento populacional.
A proposta do Estúdio 41 para a expo 2019 levanta questões relativas a esse contexto, mapeando e agindo no sentido de demarcar as ausências de planejamento do tema tão debatido no mundo, mas não em nossa cidade. A partir dessa ação pretende-se sugerir estratégias de ocupação territorial que contraponham, revisem e complementem o planejamento oficial.
A exposição ocorreu em dois espaços importantes na cidade de Curitiba no segundo semestre de 2019: No Palácio Iguaçu e no Memorial de Curitiba no Largo da Ordem.
O DIAGNOSTICO
O ESTUDO
A EQUIPE
Autores
Angelo Signori
Eduardo Hungaro
Emerson Vidigal
Eron Costin
Fabio Henrique Faria
Heloisa Vidal Pinto
Iara Capassi
João Gabriel Rosa
Lucas Diego Rodrigues
Martin Goic
Victor Alves Martins