O terreno, com grande declive, relevo característico da região do Vale do Paraíba Paulista, é cercado à leste e à oeste por duas Áreas de Proteção Ambiental. Sua declividade contínua se suaviza próximo à via interna do campus.Apropriando-se destas condições naturais, a implantação propõe três blocos de edifícios lineares, sendo dois deles acompanhando as divisas laterais do terreno, no sentido norte-sul, permitindo visuais aos fundos de vale e à vegetação que circunda os cursos d’água lindeiros.

Estes edifícios, que abrigam essencialmente dormitórios e suas áreas de estar e apoio, acompanham o caimento da topografia e possuem escalonamento em seus térreos para melhor acomodação às curvas de nível, variando entre dois e três pavimentos. Entre estes blocos, uma praça central com bancos, floreiras, piso permeável e platôs ajardinados promovem a interação entre seus usuários.

O terceiro edifício está localizado a sul, na porção mais alta, próxima ao acesso externo da gleba e às vagas de estacionamento, porém afastado das linhas de alta tensão adjacentes. Seu térreo sob pilotis comporta hall, administração e usos sociais abertos à comunidade. Os três pavimentos subsequentes são ocupados por dormitórios e áreas complementares.

Entre os três edifícios de moradia, uma laje se estende como prolongamento do terreno natural e acolhe um quarto bloco, com espaços de uso coletivo geral.

O módulo estrutural é composto por painéis em concreto pré-fabricados a cada 10 metros sobre os quais se apoiam lajes alveolares. Apenas o edifício central – de uso coletivo – é moldado in loco, com uma laje nervurada modulada em 90cm, além do térreo do edifício sul que também abriga espaços de uso comum.

As vedações externas são em blocos cerâmicos maciços. As paredes divisórias, não estruturais, poderão ser executadas em gesso acartonado, garantindo flexibilidade caso aja necessidade de alterações programáticas durante a ocupação do edifício.