O intervalo temporal entre a construção do minhocão na década de 70 e o momento no futuro em que a via expressa passará por transformações ainda é indefinido. Por ora, sabemos que o atual Plano Diretor de São Paulo prevê a desativação progressiva até que seja viável sua demolição ou transformação em um parque.

Entendemos que as reflexões sobre o futuro do minhocão passam pelo entendimento da sua escala. Qualquer estrutura elevada sobre a rua com extensão de 3,5km tem impacto significativo na paisagem urbana, mesmo em uma metrópole do tamanho de São Paulo.
Em cidades como Chicago e Toquio, por exemplo, estas estruturas elevadas desempenham papel essencial na estruturação da malha urbana e no transporte público. No caso do minhocão, para que sejam bem sucedidas, as futuras intervenções devem levar em conta a necessidade de ativar os usos ao nível da rua e não somente trabalhar o plano superior do elevado.

Para isso, é essencial imaginar multiplicidade de funções e potencializar a implantação de programas como: transporte público, serviços públicos, lazer e comércio; trabalhando simultaneamente em duas supefícies: o chão e o elevado.

–    Nível do chão:

Prioridade na intervenção. Preferência para o trânsito lento (máx. 40km/h) e para o alargamento das vias de pedestres. Incremento dos usos como forma de ativar o térreo, especialmente comércio e serviços públicos como: bancas de revista, espaço para feiras livres, comércio de rua, paraciclos, guarda municipal, áreas de lazer infantil, sanitários públicos e acessos ao parque elevado, através de escadas e elevadores.

–    Nível do elevado, duas estratégias distintas:

• trecho Olímpio da Silveira + São João (1,8 Km)
  Corredor exclusivo de ônibus: composto basicamente pelas linhas que atualmente estão no nível do chão + circuito de pedestres.
• trecho Santa Cecília + Amaral Gurgel (1,2 Km)
  Parque urbano