Na concepção deste projeto para o novo Centro Administrativo do Estado de São Paulo no bairro Campos Elíseos, consideramos cuidadosamente os impactos dos altos coeficientes de aproveitamento dos lotes, resultando em estruturas imponentes em relação ao entorno. Isso não apenas garante uma escala cívica e uma dimensão simbólica marcantes, mas também eleva a arquitetura a um objeto de repercussão metropolitana, integrando-a ativamente à
produção da cidade.

Reativar o centro da cidade, estimular atividades cotidianas e revitalizar espaços públicos são pilares fundamentais para transformar São Paulo. O projeto se compromete com a função social de ampliar e qualificar os espaços públicos, permitindo que a dinâmica urbana flua
livremente entre as quadras e se harmonize com a paisagem urbana. Com um equilíbrio entre escala cívica, dimensão simbólica e escala humana, buscamos criar um conjunto que enriqueça a vida urbana, respeitando a complexidade do tecido urbano de Campos Elíseos.

Na escala da cidade, enfatizamos a criação de um novo sistema de espaços públicos dinâmicos e acessíveis no térreo, incluindo praças internas, largos, pátios e pequenos jardins.
Essa permeabilidade ao nível do solo não só incentiva o caminhar, como também promove a descoberta de ambientes variados, integrando-se harmoniosamente às calçadas das ruas e à Praça Princesa Isabel, estabelecendo uma relação aberta com o entorno urbano.

Na escala humana, focamos em criar ambientes aconchegantes e integrados ao ambiente natural, com espaços ajardinados próximos aos locais de trabalho, áreas de estar, lazer e contemplação. A visibilidade e a conexão visual são priorizadas, garantindo que os edifícios proporcionem vistas para a Praça Princesa Isabel e seus arredores. Terraços ajardinados no embasamento complementam os espaços livres públicos, oferecendo áreas de convivência e recreação.

Essas diretrizes não apenas organizam o programa administrativo, mas também situam a arquitetura como parte vital da produção urbana, engajando-se ativamente na vida da cidade. Ao considerar as dinâmicas urbanas sem barreiras, estabelecemos relações específicas e articuladas entre os edifícios e o tecido urbano, evitando soluções genéricas.

Cada quadra é tratada com suas próprias peculiaridades através de soluções arquitetônicas distintas, contribuindo para a complexidade e diversidade do entorno urbano. Com um jogo de volumes que garante visuais dinâmicas e diferentes envoltórios entre as edificações, o
Centro Administrativo se posiciona como um marco urbano que enriquece a paisagem e a vida urbana de São Paulo.

Diante da complexidade e do compromisso com a integração urbana, essa proposta para o novo Centro Administrativo do Estado de São Paulo não apenas destaca a imponência e funcionalidade do conjunto, mas também enxerga como uma oportunidade de revitalizar e fortalecer o tecido urbano da área central da cidade. Ao promover espaços públicos dinâmicos, integrados e acessíveis, e ao incorporar soluções arquitetônicas sustentáveis e inovadoras, o Centro Administrativo não apenas atende às demandas administrativas, mas também se posiciona como um marco de desenvolvimento urbano e qualidade de vida na cidade.

Este conjunto organiza e enriquece a vida urbana, reforçando a importância da arquitetura como protagonista na construção e transformação das cidades.